Entre a Cortina e a Vidraça

Vem o tempo de varejeira
entre a cortina e a vidraça.
O tempo assim à minha beira!
Que é que se passa?
 
E eu, que estava tão enredado
nos baraços do eternamente,
nos lacetes do já passado,
sou esfregado contra o presente.
 
A varejeira é nacional.
Terei, assim, de preferi-la?
Ora! É a mosca-jornal
– já agora vou ouvi-la…

1972